O capitalismo está voltado para a fabricação de produtos comercializáveis, denominados mercadorias, com o objetivo de obter o lucro. Esse sistema está baseado na propriedade privada dos meios de produção, ou seja, todos os utensílios, ferramentas, matérias-primas e edificações utilizadas na produção pertencem a alguns indivíduos (os capitalistas).
Para produzir e comercializar suas mercadorias, os proprietários contratam empregados, os que não são proprietários, que nessa relação também estão vendendo uma mercadoria: sua força de trabalho.
As mercadorias que se trocam são equivalentes, isto é, têm o mesmo valor. Assim, estariam certos os que dizem que “o salário é o pagamento do trabalho realizado”. Mas então de onde viria o valor novo que aparece no final do processo de produção? Isto é, de onde vem o lucro? Os patrões dizem que é o seu capital que produz este valor novo. Será?
Segundo Karl Marx (economista e filósofo alemão), O que produz o VALOR NOVO que aparece na nova mercadoria é o trabalho da hora presente, o trabalho vivo. É a FORÇA DE TRABALHO que o trabalhador vende ao capitalista e que, como vimos, é a base comum de toda a mercadoria. É esta força de trabalho que cria novos valores, que faz aumentar os valores, estabelecendo variação de valores dentro do processo produtivo. Por isso chamamos a força de trabalho de capital variável. O trabalhador é um ser dinâmico que pensa, planeja, antes de executar a tarefa; enquanto que o capital constante é um ser inanimado.
Mas, além de produzir um valor novo, é também a força de trabalho que transfere os valores do capital para as novas mercadorias. É a força de trabalho que cria novos valores; transfere os valores do capital constante para a nova mercadoria; cria os valores incorporados no capital constante.
Em relação a prestação dos serviços, como fica essa transferência e acréscimo de valor? Neste caso, o trabalhador não irá transformar a matéria prima em mercadoria visível, mas sim, valorizando a mercadoria através da prestação do serviço, seja ela, através de um vendedor, médico, ou bancário.
O médico por exemplo, não gera uma mercadoria visível, mas sim uma mercadoria invisível, que se expressa através do sentimento e da satisfação do paciente através da cura ou minimização da doença.
Por outro lado, o vendedor acrescenta valor à mercadoria da loja através da valorização da mesma. Desperta o cliente para detalhes da mercadoria que o mesmo não tinha percebido, aumentando o desejo pelo produto. É desta forma que o vendedor acrescenta valor à mercadoria.
"Vimos que o capitalista compra do trabalhador a sua força de trabalho por certo tempo. O capitalista não compra o trabalhador, porque o trabalhador não é um escravo, no sentido próprio da palavra, quer dizer, o trabalhador não é propriedade do patrão. Deste modo, deve ser respeitado e valorizado sempre. Mas por incrível que pareça, a maioria dos empresários valoriza mais o capital constante que a capital variável".
Em relação a prestação dos serviços, como fica essa transferência e acréscimo de valor? Neste caso, o trabalhador não irá transformar a matéria prima em mercadoria visível, mas sim, valorizando a mercadoria através da prestação do serviço, seja ela, através de um vendedor, médico, ou bancário.
O médico por exemplo, não gera uma mercadoria visível, mas sim uma mercadoria invisível, que se expressa através do sentimento e da satisfação do paciente através da cura ou minimização da doença.
Por outro lado, o vendedor acrescenta valor à mercadoria da loja através da valorização da mesma. Desperta o cliente para detalhes da mercadoria que o mesmo não tinha percebido, aumentando o desejo pelo produto. É desta forma que o vendedor acrescenta valor à mercadoria.
"Vimos que o capitalista compra do trabalhador a sua força de trabalho por certo tempo. O capitalista não compra o trabalhador, porque o trabalhador não é um escravo, no sentido próprio da palavra, quer dizer, o trabalhador não é propriedade do patrão. Deste modo, deve ser respeitado e valorizado sempre. Mas por incrível que pareça, a maioria dos empresários valoriza mais o capital constante que a capital variável".
Mas sabe por que isso acontece? Porque ao comprar um computador (capital constante),o empresário sabe previamente da vida útil do aparelho e a capacidade de produção através do manual de instrução. Esse capital vai se depreciando até o fim da vida útil do mesmo. Por outro lado, ao contratar um trabalhador (capital variável), o empresário não tem como medir, detectar a capacidade total de produção daquele (a) trabalhador (a). Ele sempre acha que aquele (a) trabalhador (a) pode dar um pouco mais de sua capacidade. É dessa forma que o trabalhador, em muitos casos, passa a ser explorado além de sua capacidade física e mental, provocando adoecimentos muitas das vezes irreversíveis.
“O emprego de novas tecnologias – salvo exceções – não tem sido utilizado no sentido de aliviar a carga de trabalho ou de permitir uma maior autonomia dos trabalhadores na realização do mesmo, mas, sim, no sentido de impor uma maior exigência de ritmos e cadências, o que está estritamente relacionado com a expansão das LER/DORT.
Pelas novas tendências de organização do trabalho difundidas nas empresas, quem não quer ver seu nome na lista de demissões deve estar sempre pronto a colaborar. A falência ou os avanços da concorrência são referências obrigatórias nas reuniões de equipe, como maneira de conquistar um esforço extra tanto individual quanto coletivo, um sacrifício maior dos trabalhadores, intensificando o trabalho para melhorar o desempenho e a qualidade.
Nesse contexto de tendência à precariedade nas relações de trabalho e de risco constante de ingressar nas estatísticas alarmantes do desemprego, aumentam a angústia e a ansiedade no trabalho, a tal ponto que o desgaste físico e psicológico passa, muitas vezes, a ser banalizado e encarado como se fosse parte da forma normal de trabalhar e viver”. MERLO, Álvaro e LÁPIS, Naíra.
Fonte:
- E-mail: sntpv@sntpv.com.br;
- Alvaro Roberto Crespo Merlo;
- Naira Lima Lapis.
Haverá um tempo em que não mais utilizaremos a força da Lei para fazer valer os nossos direitos, mas enquanto esse tempo não chega, necessitamos repassar o que sabemos para fazer valer o direito de muitos. Jurandir A. de Albuquerque
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