Revista de psicologia - 2007
Os ambientes de trabalho nos dias atuais são um constante incentivo à concorrência exagerada entre os trabalhadores.
O próprio sistema capitalista é o grande incentivador dessa prática, como forma de manter o nível de produtividade das empresas no mercado concorrencial globalizado. As empresas que não se mantiverem nesse padrão, certamente irão ser excluídas do mercado, afirmam eles.
Todavia, os trabalhadores são pressionados a cumprirem metas mensais, e isso, certamente, mexe com o emocional do trabalhador. A descarga de adrenalina é lançada diariamente em seu organismo, e com o tempo pode se transformar em um quadro patológico de difícil reversão.
Durante muitos anos os especialistas achavam que o esforço repetitivo por si só era o determinante dos quadros de LER/DORT– lesões por esforços repetitivos e/ou doenças osteomuscular relacionadas ao trabalho. Hoje sabemos que a pressão por produtividade gera uma tensão muscular que, aliada ao esforço repetitivo, provoca lesões nos tendões, principalmente nos membros superiores.
Segundo as estatísticas mais recentes, o gênero feminino é o mais afetado, devido a fragilidade muscular e a instabilidade emocional ser mais presente do que no gênero masculino.
Os especialistas afirmam que o Estresse é o fator principal das doenças modernas, e isso não tem relação com a inteligência, constatando pouca ou nenhuma relação entre graus de QI e o bem estar emocional dos trabalhadores.
Contudo, devemos exercitar o controle emocional para nos mantermos saudáveis, sem deixar de lado a cobrança por melhores condições de trabalho.
Se nós continuamos achando que o outro deve se comportar como nós queremos que ele se comporte, certamente que o nosso emocional vai permanecer em constante desequilíbrio. Aceite o outro como ele é. No momento em que ele lhe der uma oportunidade, tente mostrar que ele está equivocado.
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Haverá um tempo em que não mais utilizaremos a força da Lei para fazer valer os nossos direitos, mas enquanto esse tempo não chega, necessitamos repassar o que sabemos para fazer valer o direito de muitos.
Jurandir A. de Albuquerque
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