terça-feira, 17 de abril de 2012

Controle das Emoções pode ser um dos aliados contra as LER/DORT


“Desde os tempos de Platão, o senso de autodomínio, de poder aguentar as tempestades emocionais (...), tem sido louvado. O objetivo que devemos atingir é o equilíbrio mental e psicológico, não a eliminação das emoções: todo sentimento tem seu valor e sentido. Mas, se precisa da emoção controlada, o sentimento proporcional à circunstância. Quando as emoções são abafadas demais, criam o embotamento e a distância; quando extremas e persistentes demais tornam-se patológicas, como na depressão paralisante, na ansiedade esmagadora, na raiva demente e na agitação maníaca.”
Revista de psicologia - 2007

Os ambientes de trabalho nos dias atuais são um constante incentivo à concorrência exagerada entre os trabalhadores.

O próprio sistema capitalista é o grande incentivador dessa prática, como forma de manter o nível de produtividade das empresas no mercado concorrencial globalizado. As empresas que não se mantiverem nesse padrão, certamente irão ser excluídas do mercado, afirmam eles.

Todavia, os trabalhadores são pressionados a cumprirem metas mensais, e isso, certamente, mexe com o emocional do trabalhador. A descarga de adrenalina é lançada diariamente em seu organismo, e com o tempo pode se transformar em um quadro patológico de difícil reversão.

Durante muitos anos os especialistas achavam que o esforço repetitivo por si só era o determinante dos quadros de LER/DORT– lesões por esforços repetitivos e/ou doenças osteomuscular relacionadas ao trabalho. Hoje sabemos que a pressão por produtividade gera uma tensão muscular que, aliada ao esforço repetitivo, provoca lesões nos tendões, principalmente nos membros superiores.

Segundo as estatísticas mais recentes, o gênero feminino é o mais afetado, devido a fragilidade muscular e a instabilidade emocional ser mais presente do que no gênero masculino.

Os especialistas afirmam que o Estresse é o fator principal das doenças modernas, e isso não tem relação com a inteligência, constatando pouca ou nenhuma relação entre graus de QI e o bem estar emocional dos trabalhadores.

Contudo, devemos exercitar o controle emocional para nos mantermos saudáveis, sem deixar de lado a cobrança por melhores condições de trabalho.

Se nós continuamos achando que o outro deve se comportar como nós queremos que ele se comporte, certamente que o nosso emocional vai permanecer em constante desequilíbrio. Aceite o outro como ele é. No momento em que ele lhe der uma oportunidade, tente mostrar que ele está equivocado.
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Haverá um tempo em que não mais utilizaremos a força da Lei para fazer valer os nossos direitos, mas enquanto esse tempo não chega, necessitamos repassar o que sabemos para fazer valer o direito de muitos.

Jurandir A. de Albuquerque


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